Conheça os prós e contras das televisões 3D
Os TV a 3D entram nas lojas este ano. O preço pode ser um dos maiores entraves à massificação.
O 'Avatar' veio relançar a moda dos filmes a três dimensões (3D). James Cameron conseguiu tornar este filme na segunda maior bilheteira da história do cinema. Mas este não é um caso isolado. Além do 'Avatar', as outras três películas que mais dinheiro arrecadaram no mundo, no ano passado, foram exibidos em 3D ('Up-Altas aventuras', 'Monstros vs. Alienígenas' e 'A Era do Gelo 3'). Uma tendência que deverá consolidar-se em 2010 com títulos como 'Alice no País das Maravilhas' e "'hrek para Sempre'. Mas será que os televisores a 3D que começam, este ano a ser vendidos, terão o mesmo sucesso?
Alguns especialistas acreditam que estes televisores marcam uma nova era da televisão, mas que o sucesso não será imediato. A revista ‘Wired' alerta para algumas situações que podem ser um entrave à massificação destes aparelhos.
De acordo, com Michael Rosenberg, professor da Universidade de Nortwestern e especialista em problemas oftalmológicos, estes óculos além de serem cansativos podem agravar ainda mais problemas de visão e provocar dores de cabeça. Segundo a Pricewaterhouse Coopers, 20% das pessoas que assistiram a um filme a 3D não gostaram pois têm problemas de visão.
Os próprios óculos são considerados um entrave. Se já foi ver o 'Avatar' provavelmente reparou que o tamanho é ‘standard' e que ficam grandes a muitas pessoas. Para quem já usa óculos não é muito cómodo ter dois pares colocados na cara. Além disso, os óculos não são gratuitos. Os consumidores têm que gastar pelo menos 2,5 euros por cada unidade. O mesmo irá acontecer quando tiver que comprar uma TV para casa. Atentos a esta situação, os fabricantes efectuaram acordos com os produtores de óculos para que fique mais barato comprar para toda a família. E no futuro, para evitar a desculpa de que tem que comprar óculos, algumas empresas como a LG, Samsung e Mitsubishi já estão a desenvolver protótipos de TV 3D que não requerem óculos.
O preço será provavelmente o maior entrave à venda destes equipamentos. Actualmente, um televisor a 3D custa mais de dois mil euros, sendo que será necessário comprar novos periféricos, tais como o leitor de DVD.
Também o custo para desenvolver conteúdos em 3D é bastante mais elevado de que a 2D. De acordo com a Pricewaterhouse Coopers produzir conteúdos 3D através do computador fica mais caro entre 5% e 10%, enquanto que no caso de filmes de acção o valor acresce para 15%. "Um preço que apenas será justificado em alguns filmes", diz David Wertheimer, CEO da USC Entertainment Center.
Embora hoje ainda existam poucos conteúdos 3D para atrair um grande número de consumidores e os produtores de conteúdos hesitam em avançar para este formato por falta de público, a verdade é que os grandes fabricantes - Samsung, LG Panasonic, Sony e Toshiba - estão a apostar em força nesta forma de ver televisão e cinema. Estima-se que este ano sejam vendidos 2,2 milhões de televisores 3D e que, em 2013, 25% dos equipamentos comercializados já incorporem esta capacidade.
Em Portugal, a primeira experiência 3D em televisão foi emitida na RTP, em 1980. A exibição de "O Monstro da Lagoa Negra" na sua versão 3D originou uma corrida à compra das revistas que forneciam óculos em cartão, cujas lentes eram de acetato (uma azul e outra vermelha). Mais tarde, já em Maio de 2006, a RTP voltou a proporcionar uma semana inteira de programação a três dimensões, bastando comprar os óculos vendidos exclusivamente numa cadeia de hipermercados.
Fonte:http://economico.sapo.pt
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