(14-09-07) - Agora é oficial. Antes que a Volkswagen efetuasse os testes oficiais para registro do Bugatti Veyron como o carro de produção em série mais veloz do mundo, a SSC colocou ontem seu único modelo, o Ultimate Aero TT (Twin Turbo), no livro Guinness dos recordes. Com um motor V8 de fabricação própria, dois turbos e 6.345 cm³, que rende exatos 1.199 cv e 151,3 kgm de torque, o modelo, que pesa meros 1.247 kg e tem coeficiente aerodinâmico de 0,357, chegou à máxima de 413,83 km/h, ainda distante dos 439 km/h de máxima estimada, mas suficiente para colocar o Ultimate Aero TT no topo da lista.
Mesmo com este feito, o critério do Guinness não é a velocidade mais alta do teste, mas sim a média. O carro tem de registrar duas passadas em uma mesma pista no período de uma hora. Isso é feito para evitar que vento a favor influencie, por exemplo. Como a segunda passada do Ultimate Aero TT foi de 409,71 km/h, o recorde ficou em 411,76 km/h.
Com isso, o Koenigsegg CCR, antigo detentor oficial do recorde, comeu uma poeira de 22,9 km/h. Sua marca foi de 388,87 km/h. A máxima do Veyron, não oficial, é estimada em 407 km/h.
A velocidade máxima de 439 km/h foi a indicada como possível em testes de túnel de vento realizados pela SSC no laboratório da NASA em Langley, no estado de Virginia. O que parece ter segurado o carro foi a pista escolhida para a quebra do recorde: um trecho de duas vias recentemente pavimentado da Highway 221, em Washington, com um “S” bem no meio do caminho.
Para quebrar o recorde, o “S” teve de ser vencido pelo piloto Chuck Bigelow a 338 km/h! Isso para que ele pudesse aproveitar a reta de apenas 2,4 km que havia depois. A primeira tentativa de quebra de recorde do Ultimate Aero, em uma reta de 12 milhas (19,3 km) da Highway 93, em Elko County, no estado norte-americano de Nevada, foi frustrada por uma nevasca.
Segundo Bigelow, “se houvesse mais pista reta para acelerar, a velocidade máxima seria consideravelmente maior”. A falta de um espaço adequado para os testes é apontada como um dos principais obstáculos à quebra de recorde. “Qualquer um que queira desafiar a marca do Ultimate Aero TT terá de enfrentar as toneladas de força que o carro ainda tem disponíveis”, arrematou o piloto.
SSC significa Shelby Super Cars. Apesar do nome, o fundador da empresa, Jerod Shelby, não é parente em nenhum grau conhecido do famoso piloto texano Carroll Shelby, mas também quer reforçar o nome no hall da fama automotiva. “Isso é um sonho que se realiza! Todo mundo trabalhou tão duro em testar, desenhar e construir o Ultimate Aero que conseguir esse recorde é incrível.” O esforço para isso, gasto na construção e desenvolvimento do Aero TT, já levava sete anos. Também, com uma missão como a dele, não se poderia esperar nada menos.
“O que torna tudo mais legal é o fato de uma pequena empresa privada conseguir fazer o que companhias muito maiores não conseguiram com orçamentos estratosféricos”, alfinetou Shelby.
Quem tiver o privilégio de ser dono de um SSC tem, segundo a fábrica, um carro que é dócil o suficiente para ser conduzido em situações corriqueiras, apesar de ter sido feito para andar o tempo todo com o ponteiro do conta-giros colado na linha vermelha. Com bancos Recaro de veludo, um sistema de som de alta fidelidade, com dez falantes, DVD e navegador, o Aero TT tem a pretensão de oferecer algum conforto a seu proprietário. Como com a suspensão que pode ser elevada em quase 10 cm, por um comando no interior do carro, para permitir que ele ande por estradas desniveladas.
A melhor parte do supercarro é seu preço: US$ 654,5 mil, coisa de R$ 1,36 milhão, sem o peso dos impostos. Comparado ao Veyron, o carro mais caro do mundo (US$ 1,25 milhão, ou R$ 2,6 milhões), é uma pechincha. A ruim é volume de produção. Nos próximos dois anos, serão feitas só 24 unidades, apenas uma por mês, como o a.d. Tramontana. Mal de carro forte.
Aqui algumas fotos deste potente carro.
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